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Posts Tagged ‘Prevenção’

Novo medicamento é visto como uma das maiores descobertas contra a doença em 40 anos; teste em humanos poderá ser feito no Brasil

Por Marcelo Osakabe

Da PrimaPagina

Um novo medicamento para o tratamento da doença de Chagas começará a ser testado em seres humanos a partir deste ano. Chamada Ravuconazol, a droga até agora mostrou bastante eficácia em impedir a multiplicação e invasão das células pelo protozoário Trypanosoma cruzi, causador da enfermidade. Segundo Tânia Araújo Jorge, pesquisadora e diretora do Instituto Oswaldo Cruz, esta é uma das novidades mais promissoras no tratamento contra a doença, que mata cerca de 11 mil pessoas por ano segundo a OMS, mais do que a malária.

No Brasil, foram 5.023 mortes em 2008, de acordo com dados preliminares do Ministério da Saúde — mais que malária e tuberculose, por exemplo. “De todos os medicamentos em fase pré-clinicas, esse é um dos melhores”, afirma Tânia. O motivo do otimismo está no fato de o Ravuconazol ter se mostrado eficaz no segundo estágio da doença, a chamada fase crônica. Os outros dois medicamentos existentes, descobertos há mais de 30 anos, não são muito eficientes nesse estágio, sendo mais aconselhados para a primeira fase da doença. O problema é que apenas 1% das pessoas apresentam sintomas na primeira fase, o que dificulta o tratamento. Além disso, a nova droga mostrou ser efetiva contra todas as cepas do parasita — ao contrário dos outros —, além de ser bem menos invasivo ao organismo humano. Atualmente, só há um medicamento que age na fase crônica, e ele causa muitos efeitos colaterais, como enjoo, alergia e problemas na medula óssea.

O Ravuconazol é um medicamento desenvolvido pela farmacêutica Eisai. A indústria japonesa fez uma parceria com a DNDi (Iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas, na sigla em inglês) e cedeu para a entidade o direito de conduzir testes em seres humanos. Segundo o coordenador de comunicação da DNDi no Brasil, Flávio Guilherme Pontes, a Iniciativa está contatando centros de pesquisas nos 21 países da América Latina onde a doença é endêmica para começar os testes. A expectativa é de que até o meio do ano eles já tenham começado; há possibilidade de que o Instituto Oswaldo Cruz participe dos testes. “Os testes costumam durar cerca de dois anos. Não se tem uma data certa para finalização dos testes, mas acredita-se que até 2014 o medicamento já esteja disponível para uso para todos os países endêmicos”, diz. O remédio então deverá ser vendido a preço de custo para governos e ONGs que trabalham com a doença.

A DNDi é uma iniciativa de pesquisa e desenvolvimento de medicamentos fundada em 2003, envolvendo sete entidades: Fundação Oswaldo Cruz do Brasil, Conselho Indiano de Pesquisa Médica, Instituto de Pesquisa Médica do Quênia, Ministério da Saúde da Malásia, Instituto Pasteur da França, Médicos sem Fronteiras (MSF) e Programa Especial para Pesquisa e Treinamento em Doenças Tropicais (TDR), da ONU.

A doença de Chagas, assim como a malária e a leishmaniose, é considerada pela organização como uma doença negligenciada pelo fato de não ter tratamento adequado e estar presente quase que exclusivamente em países pobres. No entanto, esse aspecto está mudando. Com a migração, outros países estão registrando casos, como Japão, Espanha e Estados Unidos.

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Com este tema o Ipamb entra com tudo no Carnaval 2010. Na sexta-feira, 12, no subsolo do Instituto, profissionais do Programa Saúde do Trabalhador vão promover a Campanha de Prevenção Carnaval 2010 distribuindo camisinhas e dando orientações sobre como aproveitar a folia com responsabilidade e garantindo proteção à saúde.

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Descoberta abre caminho para droga eficaz mesmo após mutações virais. Pesquisa alemã foi apresentada na revista ‘Nature’.

Da Agência Estado

Um grupo de cientistas alemães mapeou os genes humanos relacionados com o processo de replicação do vírus da gripe, revela pesquisa divulgada na edição mais recente da revista “Nature”. A descoberta abre caminho para uma nova geração de drogas antivirais que, em vez de agir nos mecanismos de reprodução do vírus, atua nas células humanas.

Isso, em tese, faria com que o medicamento continuasse eficaz apesar das mutações virais. A técnica também traz esperança de tratamento para outras infecções, como a Aids. As informações são da repórter Karina Toledo, do jornal “O Estado de S. Paulo”.

O objetivo dos cientistas foi identificar quais genes existentes nas células do pulmão são usados pelo vírus influenza A – principal responsável pelas epidemias de gripe – para se reproduzir. Para isso, eles utilizaram uma metodologia chamada RNA de interferência, que permite silenciar genes específicos.

“Injetamos o material genético do vírus em culturas de células do pulmão e fomos silenciando um a um os mais de 22 mil genes que formam o genoma humano para descobrir quais são importantes para a replicação viral”, explica Thomas Meyer, um dos autores do estudo. “Identificamos 287 genes cruciais para o processo. Desses, 168 puderam ser silenciados temporariamente sem comprometer o funcionamento das células”.

Dos 168 genes, 47 estão ligados à replicação do subtipo viral H1N1 endêmico (causador da gripe espanhola de 1918), 49 ao subtipo H1N1 pandêmico (variação que causa a gripe suína) e 72 aos dois subtipos. Vários genes também se mostraram importantes para a replicação do subtipo H5N1, causador da gripe aviária e altamente patogênico.

O próximo passo da pesquisa é realizar testes em modelos animais para verificar se o silenciamento temporário desses genes é, de fato, seguro para o organismo. “Pretendemos ainda estender a pesquisa para outras infecções virais”, conta Meyer.

Promessa

Caso a técnica se mostre segura, será possível desenvolver novos medicamentos antivirais que atuem diretamente nos genes humanos essenciais à replicação do vírus. As drogas existentes atualmente têm como alvo o próprio vírus e se tornam obsoletas quando ocorre uma mutação.

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Do jornal Amazônia, Belém-PA

As primeiras 600 mil doses da vacina contra o vírus da gripe A (H1N1) no Brasil, recebidas no dia 30 de dezembro pelo Instituto Butantan, em São Paulo, devem ser colocadas à disposição do Ministério da Saúde nos próximos dias. No total, o governo federal importará 83 milhões de doses para a campanha nacional de vacinação, que será realizada entre março e abril deste ano.

Como o número de doses é insuficiente para toda a população, o ministério vai priorizar trabalhadores de saúde envolvidos no atendimento aos pacientes, grávidas, crianças entre seis meses e dois anos, indígenas e pessoas com doenças crônicas preexistentes (cardíacas, pulmonares etc.), seguindo recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Até o início de fevereiro, o governo deve anunciar os detalhes da estratégia de vacinação contra a doença no País. A aplicação será injetável – em uma única dose para os adultos e, possivelmente, em duas doses para as crianças. Para o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Juvencio Furtado, ‘o ideal seria ter 180 milhões de doses, para toda a população brasileira’’. Mas, segundo ele, é correta a atitude do Ministério da Saúde de priorizar grupos com maior risco de contrair o vírus. ‘É claro que outros grupos podem ficar mais expostos e vulneráveis, mas quando não há vacina para todos é preciso fazer uma espécie de escolha em favor dos casos de maior gravidade’’.

Segundo Furtado, quem não tomar a vacina deverá redobrar o cuidado com atitudes preventivas, como lavar as mãos para evitar a contaminação e procurar um médico se surgirem os sintomas. Segundo o presidente da Fundação Butantan, José Silva Guedes, não há vacinas suficientes no mundo todo porque elas estão sendo produzidas há pouco tempo e ainda não é possível fazê-lo em larga escala. Das 83 milhões de doses comprados pelo ministério, 10 milhões serão fornecidos pelo Fundo Rotatório de Vacinas da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e 40 milhões serão fornecidos pelo laboratório Glaxo Smith Kline (GSK) – além das 33 milhões de doses que o Instituto Butantan importou do laboratório francês Sanofis-Pasteur, que já tem acordo de transferência de tecnologia com o Butantan para a vacina da gripe sazonal.

De acordo com o governador José Serra, de São Paulo, o Instituto Butantan deve começar a fabricar a vacina contra o vírus da nova gripe em julho de 2011. Pandemia – Segundo dados do Ministério da Saúde, a gripe causou 1.632 mortes no Brasil. Em 54% dos casos, havia pelo menos uma comorbidade. Até 13 de dezembro, haviam sido registradas 10.582 mortes em 208 países e territórios, segundo a OMS.

Sespa – A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), informou, através de nota, que ‘no momento não existem maiores definições sobre o período de início da vacinação, o quantitativo de vacina a ser recebido pelo Estado e critérios para definição dos grupos da doença crônica de base’. Ainda conforme a nota, enviada pela assessoria de comunicação do órgão, uma reunião com o Comitê Nacional do Ministério da Saúde vai definir como se dará a vacinação e o período em que ele acontecerá.

Índio ianomâmi contraiu a doença; Butantan estuda duplicar lotes

A Fundação Nacional de Saúde confirmou ontem os primeiros casos de gripe A (H1N1) entre os ianomâmis no País – os infectados são dois homens, que passam bem. Há ainda uma criança indígena de 10 anos com suspeita de ter contraído a doença. Os casos ocorreram em uma comunidade localizada a 100 km de Santa Isabel do Rio Negro (632 km de Manaus).

A doença já matou dez índios no Brasil.

Mais doses – Em uma ação econômica aos cofres públicos, o governo estadual paulista poderá usar uma técnica pioneira para turbinar os lotes das vacinas contra a gripe suína. Utilizando um adjuvante patenteado no Brasil, substância que aumenta o poder das doses, o Instituto Butantan espera duplicar a potência de parte do material comprado, diminuindo o custo da ação em 50%. Com esse processo, por exemplo, 17 milhões de doses adquiridas pelo Ministério da Saúde de laboratórios franceses poderão ser transformadas em 34 milhões. A execução do procedimento ainda depende de uma autorização da Agência Nacional Vigilância Sanitária (Anvisa), mas as autoridades de São Paulo já fizeram testes e estão confiantes na possibilidade de êxito e esperançosos pela aprovação da medida.

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Do UOL Ciência e Saúde*

Profissionais da Escola de Enfermagem da USP (Universidade de São Paulo) criaram uma cartilha educativa que mostra às gestantes como proceder em momentos decisivos da gravidez e aborda questionamentos constantes das mulheres em relação ao pré-natal e ao pós-parto.

O material é resultado de uma pesquisa da enfermeira obstetra Luciana Magnoni Reberte, com orientação da professora Luiza Akiko Komura Hoga, e teve como base dúvidas e sugestões de gestantes e profissionais da saúde.

O trabalho, batizado de “Celebrando a Vida”, foi vencedor da oitava edição do Prêmio de Incentivo em Ciência e Tecnologia para o SUS, promovido pelo Ministério da Saúde. Capa da cartilha feita por profissionais da Escola de Enfermagem da USP.

Em linguagem simples, a cartilha trata de assuntos desde o pré-natal, como as mudanças que acontecem no corpo das mulheres, até o pós-parto – a amamentação, os cuidados com o corpo e com o recém-nascido. Além disso, o material enfatiza os benefícios da participação ativa de um companheiro, seja ele marido ou não, durante e depois da gravidez.

Além disso, a enfermeira afirma que o material é uma fonte de informações básicas que todas as mulheres deveriam ter, mas que apenas com o acompanhamento pré-natal em hospitais não é possível.

A pesquisadora salienta que “a informação é um direito de todos e a cartilha serve também para isso: trazer às mulheres temas que serão úteis e importantes para essa fase de suas vidas”.

Veja algumas perguntas e respostas que fazem parte da cartilha. 

Antes da hora do nascimento dá para saber a posição do bebê?
Geralmente, até a 32ª semana o bebê está sentado. Depois, ele muda de posição. Entre 36 e 40 semanas pode acontecer o encaixe do feto na bacia da mãe, o que faz com que a barriga dela abaixe.

Quando a bolsa estourar, quanto tempo eu tenho para ir ao hospital?
No caso da gestante perceber um líquido, que pode sentir escorrendo entre as pernas,lembrando cheiro de cloro, é a bolsa que estourou. Você deve ir ao hospital, mesmo que o rompimento da bolsa não seja acompanhado dos sinais de trabalho de parto. Não há um tempo exato, pode seguir para o hospital, mas sem desespero. Apenas em situações extremas como queda, sangramento ou se o bebê já estiver nascendo é necessário chamar a ambulância.

O que tem que acontecer para ser parto cesárea? O meu primeiro filho foi de parto cesárea, o segundo também tem que ser de cesárea?
Você pode ter um parto normal após ter tido umparto cesárea. Mesmo, se for mais de um parto cesárea. Com exceção para os casos que exista algum motivo na gravidez atual que indique a cesárea. A indicação de parto cesárea é feita depois de uma avaliação de vários fatores como a idade da mulher, sua pressão arterial e as condições do bebê. No parto cesárea há uma maior perda de sangue e maior risco de infecção. Como são cortadas várias camadas da sua barriga, demora para cicatrizar e após o parto é bastante dolorido. Não há necessidade de ser feito em todas as mulheres, apenas nas que precisarem, já que a intenção é já que a intenção é a de preservar a vida da mãe e do bebê.

A barriga da mulher não fica igual? Com exercício a barriga não volta ao normal? Depois de quantas semanas pode começar a fazer exercícios ?
Após o nascimento do bebê, a barriga da mulher fica aumentada por causa dos músculos que estão fl ácidos. Nas primeiras semanas provavelmente você não vai ter muito tempo nem motivação para os exercícios. Você deve seguir o seu ritmo. As atividades físicas em conjunto com o bebê ajudam a aproveitar o tempo e perder peso como dançar e passear com ele. Faça atividadesque te deem prazer. Por volta de um mês e meio, a mulher quase retorna ao perfil anterior à gravidez. É importante iniciar os exercícios assim que a mulher conseguir, na ausência de complicações, em média um mês após o parto normal e 45 dias após o parto cesárea, em razão da cicatrização do útero. Abdominais com elevação das pernas fortalecem a musculatura e não sobrecarregam a coluna. É importante a indicação médica e acompanhamento por um professor de educação física. A perda de peso também acontece naturalmente quando a mulher amamenta. Tenha cuidado com a alimentação excessiva. Isso pode aumentar a quantidade de gordura. Lembre-se de que a mulher não precisa comer por duas pessoas. Ela já possui reservas sufi cientes para alimentar o bebê. Mas é bom tomar líquidos, necessários para a produção do leite materno.

Acho que quando voltar a trabalhar eu não vou ter tempo de amamentar. Se a mãe não amamentar na hora porque está trabalhando, o bebê ainda vai aceitar mamar no peito?
Quando a mãe volta a trabalhar, ela tem direito a dois períodos diários de 30 minutos cada para amamentar o seu filho. Uma das maneiras de continuar a amamentação é dar o próprio leite ao invés do leite em pó e evitar o uso da chupeta. O leite materno pode ser retirado e guardado na geladeira por 24 horas. Se guardado no congelador, dura 15 dias. Esse leite pode ser oferecido pela pessoa que cuida do bebê e isso vai ajudar a fazer com que ele continue mamando no peito. Na hora de guardar o leite, é importante ter alguns cuidados como lavar as mãos e secá-las com toalha limpa; jogar fora os primeiros jatos do leite para evitar contaminação e colocar o leite em um frasco limpo usado apenas para isso. E não se esqueça de identifi car o frasco com a data da retirada do leite: escreva em uma fi ta crepe ou etiqueta e cole no frasco. Para usar o leite, deve-se aquecê-lo em banho-maria, assim: ferva água em uma panela, desligue o fogo e coloque o frasco,deixando-o na panela até chegar à temperatura desejada. Outro detalhe importante: se o leite não for todo usado, jogue fora o que sobrou. Você tem alguns direitos que ajudam na amamentação: 120 dias de licença-maternidade, assegurados pela Constituição Federal (artigo 7°, inciso XVIII). Existem algumas instituições como o governo, que concedeu 180 dias às funcionárias públicas. Se você for estudante, não abandone os estudos. Solicite os conteúdos das matérias aos professores quando estiver em casa. É seu direito por lei (artigo 1° da lei 6202 de 17 de abril de 1975). Válido do 8° mês de gestação até três meses após o nascimento do bebê.

A íntegra está disponível no site da Escola de Enfermagem da USP.

*Com informações da Agência USP de Notícias

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Do jornal Amazônia
Sucursal de Brasília, DF

Em cada grupo de 100 mil habitantes no Pará, 14,7 estão infectados com aids. Dados do Boletim Epidemiológico Aids/DST 2009, divulgados ontem pelo Ministério da Saúde, mostram que o número de casos de Aids não param de crescer no Estado. No período entre 2002 e 2007, a taxa de incidência (número de casos de aids a cada 100 mil habitantes) aumentou de 9,3 para 14,7. O município de Ananindeua é um dos principais responsáveis pelo avanço da epidemia. Em nenhuma outra cidade do Brasil, com mais de 500 mil habitantes, houve uma evolução tão alta da taxa de incidência. Em dez anos, de 1997 a 2007, o número de casos saltou 380%. No período, esse índice passou de 7,2 para 21 por 100mil.
As capitais do Maranhão e do Piauí aparecem em seguida, com as maiores evoluções da doença. São Luís registrou 272,1% de aumento de casos e Teresina 254,4%. Belém surge em quarto, com crescimento de 230,9%. Na avaliação geral, é a 8ª capital do País com a maior taxa de incidência de aids: 30,7 a cada 100 mil. Quando comparada com todos os municípios brasileiros com mais de 50 mil habitantes, Belém fica na 66ª posição. Porto Alegre é o campeão do País, com o registro de 111,5 infectados a cada grupo de 100 mil.
Duas outras cidades paraenses também aparecem entre os 100 municípios com o maior número de portadores do vírus da aids. Na 54ª posição do ranking, Barcarena responde pelo maior índice paraense: 32 infectados por 100 mil habitantes. Já Redenção, na região sudeste do Estado, aparece no 83º lugar, com taxa de incidência de 28,6. Os números paraenses mostram que a epidemia da aids no Estado caminha em um processo distinto do observado em todo o País.
‘Os dados justificam a necessidade de contínuo investimento em ações descentralizadas, respeitando as especificidades de cada local, sem perder o foco de que a epidemia, no Brasil, é concentrada’, destaca a diretora do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Mariângela Simão.
Norte e Nordeste seguem na contramão dos números no país
Enquanto os dados nacionais mostram queda de 15% dos casos nos grandes centros urbanos e aumento nas cidades do interior, no Pará, o crescimento ocorre tanto em municípios grandes quanto em pequenos. Aliás, o boletim epidemiológico define essa uma particularidade de todos os Estados da região Norte e Nordeste. As duas regiões tiveram significativo aumento do número de casos. O Norte saltou da taxa de incidência de 6,8, no ano 2000, para 15,4, em 2007. No mesmo tempo, o Nordeste subiu de 6,9 para 11.
A região Norte também seguiu trajetória contrária à do restante do País em número de óbitos ocasionados pela aids. O coeficiente de mortalidade, calculado entre 1996 e 2008, aponta que o número de mortes dobrou nesse período, chegando a 5 óbitos por 100 mil habitantes. A região Sul também teve aumento nesse índice, aumentando de 8 para 9/100.000. Na análise de incidência de casos de aids em crianças menores de cinco anos de idade, a região Norte voltou a apresentar números positivos. Entre 2000 e 2007, o coeficiente apontou um crescimento de três pontos percentuais. Já, em relação ao número de mortes nas crianças dessa faixa etária, o aumento foi de 1%, no período entre 1996 e 2007.
Brasil tem alta de 24% nos casos; no mundo houve queda
Em dez anos, o Brasil apresentou alta de quase 24% nos casos de Aids. Relatório divulgado pelo Ministério da Saúde ontem, no entanto, destaca que houve queda nos grandes centros do país no período de 1997 a 2007.
No Brasil, dois anos atrás, foram 33.909 casos notificados, contra 27.403 em 2007 -diferença de 23,7%. Segundo o Boletim Epidemiológico Aids/DST 2009, divulgado ontem em Brasília, a alta foi puxada por cidades do Norte e do Nordeste. Vizinha a Belém (PA), Ananindeua lidera a lista, com crescimento de 380%. Em seguida vêm São Luís (MA; 272,1%), Teresina (PI; 254,4%), Belém (PA; 230,9%), Manaus (AM; 149,1%) e Jaboatão dos Guararapes (PE; 136,2%).
Já os municípios de São Paulo concentram os maiores percentuais de queda. Entre eles estão Ribeirão Preto (72,5%), Sorocaba (55,3%), Santo André (51,7%), Osasco (51,6%), São Bernardo do Campo (51,1%) e São José dos Campos (47,1%). A capital paulista teve queda de 45,1%, ficando em sétimo lugar entre os que mais apresentaram redução.
Relatório divulgado nesta semana pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e pela Unaids (Programa Conjunto das Nações Unidas para HIV/Aids) mostrou que o total de novos infectados no mundo caiu 17% em oito anos (desde 2001). A OMS elogiou a política adotada pelo país para a prevenção do contágio pelo HIV e para o tratamento gratuito das pessoas infectadas pelo vírus.

Números da Aids no Brasil
Municípios com maior percentual de aumento dos casos de Aids

Ananindeua (PA) 380,0%
São Luís (MA) 272,1%
Teresina (PI) 254,4%
Belém (PA) 230,9%
Manaus (AM) 149,1%
Jaboatão dos Guararapes (PE) 136,2%
Aracaju (SE) 93,4%
Uberlândia (MG) 92,4%
Recife (PE) 85,8%
Maceió (AL) 80,5%
Feira de Santana (BA) 67,9%
João Pessoa (PB) 56,3%
Contagem (MG) 46,1%
Fortaleza (CE) 44,3%
Salvador (BA) 41,0%
Municípios com maior percentual de queda
Ribeirão Preto (SP) 72,5%
Sorocaba (SP) 55,3%
Santo André (SP) 51,7%
Osasco (SP) 51,6%
São Bernardo do Campo (SP) 51,1%
São José dos Campos (SP) 47,1%
São Paulo (SP) 45,1%
Curitiba (PR) 34,4%
Londrina (PR) 28,5%

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Do jornal Amazônia


Estimular ações educativas e preventivas, promover eventos e debates, apoiar atividades organizadas pela sociedade civil, assim como difundir os avanços científicos relacionados à doença eram os objetivos do Dia Nacional do Combate ao Câncer Infantil, ocorrido ontem. Para comemorar a data, a Associação Colorindo a Vida está realizando durante a semana uma programação especial. São palestras e atividades educativas voltadas a profissionais, representantes do poder público e população em geral, mais a distribuição de panfletos e material de campanhas que alertam para o diagnóstico precoce do câncer em crianças e adolescentes e métodos de prevenção em gestantes.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a estimativa é que 3% da população brasileira vão desenvolver tumores pediátricos até os 18 anos de idade. Seriam 9.890 novos casos, ao todo, no ano de 2009. A instituição médica aponta ainda o câncer mais recorrente em crianças é a leucemia, ao passo que nos adolescentes ele atinge com mais frequência os ossos. O câncer infanto-juvenil tem a característica de ser mais invasivo e crescer rapidamente, porém o organismo da criança responde melhor ao tratamento. Nos anos 80, o percentual de cura era apenas 30%. Atualmente, o índice observado no fim da década é 70%, em média.

A presidente da Associação Colorindo a Vida e professora, Dyrce Koury, explica que na gestação é o momento da prevenção. ‘Quando grávida, a mulher não deve fumar ou ingerir bebidas alcoólicas e se alimentar com frutas e legumes’, disse. ‘Para crianças não existe a prevenção, mas o diagnóstico precoce. Os pais precisam sabe identificar nos filhos os primeiros sintomas da doença, para que seja tratada o quando antes e se prolongue a vida do jovem’, completou.

A Associação Colorindo a Vida hoje arrecada recursos para a construção de uma casa de apoio a crianças e adolescentes de 0 a 19 anos, vindas do interior do Estado, em tratamento no hospital Ofir Loyola. A casa será o abrigo temporário de 35 crianças e acompanhantes de ambos os sexos. O espaço, localizado na avenida João Paulo II, tem 2.500 m², conta com alojamentos individuais, cozinha, refeitório, administração, salão aberto e está orçado em R$ 2 milhões. Com a ajuda de empresas privadas, doações e venda de produto como bolsas e blocos de notas personalizados já foram angariados R$ 1.368.000.

Para efetuar doações, é necessário ligar para os números 3342-1332 e 9985-3641 ou depositar a quantia diretamente na conta da entidade, Ag. 3024-4 Nazaré, Banco do Brasil CC 33.000-0.

Casa de apoio precisa da ajuda da população e empresas

Dyrce Koury aposta na mobilização da comunidade e iniciativa privada para conclusão das obras e manutenção da casa de apoio que está em construção. Um dos principais parceiros da entidade é uma multinacional do ramo de fast foods, que arrecadou na campanha realizada todos os anos em prol do tratamento de crianças com câncer R$ 195 mil. Outra empresa, do ramo farmacêutico conseguiu juntar em dois anos ao dispor em suas lojas uma caixa para o depósitos de moedas R$ 250 mil, 180 mil apenas no ano passado.

A professora lamenta a falta de incentivos e recursos para saúde, além da desvalorização profissional que ocorre nas redes de atendimento públicas. ‘A saúde deste país e também do Estado está um caos. Por isso, prefiro acreditar na força da população para levar adiante o projeto a casa de apoio’, comentou, ao citar as obras inacabadas do Centro Oncológico do Hospital Pediátrico do Ofir Loyola como um exemplo de descaso. ‘Aumentou a quantidade de crianças doentes e o espaço não é ampliado’, avaliou Dyrce.

Em nota, a Seop informa que os trabalhos estão paralisados por que estão fazendo um estudo de readequação do projeto original de construção do Centro Oncológico. A princípio, exclusivo para o atendimento infantil, o segundo projeto arquitetônico irá contemplar todas as faixas etárias. Ainda de acordo com a secretaria, o novo prédio também irá dedicar uma atenção especial às crianças e adolescentes que necessitem de tratamento, com a criação de uma ala específica com uma brinquedoteca e espaço para repouso de acompanhantes.

PRINCIPAIS SINTOMAS

Para ficar atento – os sintomas abaixo valem uma visita ao pediatra

Dificuldade em se movimentar e desequilíbrio ao andar

Dificuldade de enxergar

Dores nos ossos, juntas e dentes, mesmo sem a presença de cáries na boca

Dores de barriga constantes

Vômitos com fortes dores de cabeça

Perda de peso, fraqueza, sudorese, febre frequente, nervosismo e irritabilidade

Palidez, manchas roxas no corpo ou nas pálpebras e sangramentos

Diarréia

Aumento rápido e indolor das ínguas, gânglios ou nódulos

Nódulos, sinais e pintas na pele que crescem ou mudam de cor

Escorrimento prolongado pelos ouvidos

Pressão alta

Pupilas brancas ou totalmente dilatadas

Desenvolvimento rápido de características sexuais de adultos

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da Folha Online

 

Dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Programa Conjunto da ONU para HIV/Aids (Unaids) apontam que o número de novos infectados pela doença reduziu 17% desde 2001.

Segundo publicou o jornal “El País”, ontem, todas as regiões do mundo progrediram quanto à estabilidade (ou queda) deste índice.

A África Subsaariana, que concentra 60% dos infectados no mundo, registra uma queda de 15% em novas transmissões – o que significa, aproximadamente, 400 mil pessoas a menos.

Na Ásia Oriental – região na qual se esperava uma explosão da doença – houve queda de 25% nas contaminações, enquanto o Sudoeste Asiático registrou declínio de 10%. A região com os piores índices é a Europa Oriental, onde a epidemia se “estabilizou” devido ao uso de drogas injetáveis e ao compartilhamento de seringas.

“A boa notícia é que temos evidencias de que as quedas que estamos vendo se devem, ao menos por parte, à prevenção”. disse o diretor do Unaids, Michel Sidibé. “Entretanto, as descobertas mostram que, às vezes, os programas de prevenção não resultam em nada, e que se melhorarmos a obtenção de recursos para que os programas atuem onde há mais impacto, haverá um progresso maior e se salvarão mais vidas.”

No mundo, cerca de 33,4 milhões de pessoas em todo o mundo estão infectadas com o vírus da Aids. Embora este número signifique um crescimento se comparado às 33 milhões de pessoas infectadas em 2007, um maior número de pessoas está vivendo mais tempo com a doença, por conta da disponibilidade de medicamentos para o tratamento do HIV.

Entre 2007 e 2008, a proporção de pessoas com acesso a tratamento passou de 7% a 42%. Calcula-se que o número de infectados neste período tenha sido 2,7 milhões, e de mortos, menos de 2 milhões.

“O número de mortes relacionadas à Aids caiu em mais de 10% nos últimos cinco anos ao passo que mais pessoas ganham acesso a medicamentos que salvam a vida”, informa o relatório, cuja elaboração ocorreu a partir de dados compilados em 2008.

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BBC Brasil

 

Uma pesquisa feita nos Estados Unidos indica que a exposição de gestantes a certas substâncias presentes na composição de plásticos pode mudar o comportamento de seus filhos do sexo masculino, fazendo com que eles fiquem “mais femininos”.
De acordo com o estudo, de pesquisadores da University of Rochester, alguns tipos de compostos químicos conhecidos como ftalatos interferem no desenvolvimento do cérebro, bloqueando a ação do hormônio masculino testosterona nos bebês.
Os ftalatos são encontrados em embalagens para alimentos, certos tipos de pisos e cortinas plásticas, colas, corantes e artigos têxteis, entre outros itens. Há vários tipos dessa substância, e alguns simulam o efeito do hormônio feminino estrogênio.
A equipe de pesquisadores, liderada por Shanna Swan, testou amostras de urina de gestantes a partir da metade da gravidez procurando por traços de ftalatos.
As mulheres deram à luz 74 meninos e 71 meninas. Quando os meninos tinham entre quatro e sete anos, os pesquisadores perguntaram às mães sobre seus brinquedos e brincadeiras preferidos.
Eles verificaram que a presença de dois tipos de ftalatos, o DEHP e o DBP, tinha relação com a forma de brincar das crianças.
Os meninos expostos a altas doses desses compostos apresentaram menor tendência a brincar com carros, trens ou armas de brinquedo e a participar de brincadeiras mais agressivas, como lutas.
Banidos na UE
Já se sabia que as substâncias interferem na ação de hormônios no organismo e, por isso, elas foram banidas de brinquedos na União Europeia há alguns anos.
A equipe responsável pelo novo estudo também já havia provado a associação entre a substância e meninos nascidos com anomalias nos genitais.
“Nossos resultados precisam ser confirmados, mas são intrigantes em muitos aspectos”, disse Swan.
“Não apenas são consistentes com descobertas anteriores, associando os ftalatos a alterações no desenvolvimento dos genitais, mas também são compatíveis com conhecimentos atuais sobre como os hormônios moldam as diferenças sexuais no cérebro e, portanto, o comportamento.”
A pesquisa foi divulgada na publicação científica International Journal of Andrology.

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Do UOL Ciência e Saúde
Em São Paulo

 

Eles aliviam sintomas e curam doenças, mas são substâncias químicas que podem colocar em risco a saúde. Respeitar as indicações médicas é fundamental para evitar reações adversas que afetam você e todos a sua volta

De médico e de louco todo mundo tem um pouco. Por isso, a maioria das pessoas não hesita em usar o remédio alheio para tratar um problema de saúde. Na teoria, a intenção é combater sintomas ou doenças. Na prática, pode ser um grande risco. Embora todo medicamento seja formulado para trazer benefícios, cada organismo é único e, muitas vezes, reage de maneira inesperada. Somente um profissional habilitado é capaz de avaliar e indicar a melhor forma de tratamento.

Atenta aos perigos da automedicação, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabeleceu novas regras para a venda de remédios, limitando sua exposição nas farmácias. Desde agosto de 2009, até os produtos que dispensam prescrição médica não estão mais ao alcance do consumidor.

A notícia é bem-vinda e atende às orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) quanto ao consumo de remédios, que deve seguir critérios como ser específico, corresponder às necessidades clínicas, ter doses personalizadas, ser utilizado por tempo determinado e pelo menor custo.

Embora a Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica (Febrafarma), extinto órgão representante da indústria do setor, afirme que a automedicação não é um problema grave no Brasil, considerando que os 966 casos de intoxicação por remédios registrados em 2007 não resultaram em morte, na opinião do médico Flávio Dantas, professor da disciplina de Clínica Médica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o perigo de uso indiscriminado é provocar malefícios.

INFORME-SE ANTES DE USAR

Dantas explica que remédios são concebidos para solução do problema doença, mas podem se tornar um veneno se utilizados de forma diferente da prescrita. “Isso vale também para medicamentos de venda livre”, afirma o especialista. A primeira consequência é mascarar ou agravar doenças. “A longo prazo, são capazes até de comprometer a saúde da população como um todo”, adverte.

Raquel Rizzi, farmacêutica e presidente do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo (CRF-SP) esclarece que esse é o caso dos antibióticos, cujo uso inadequado ou abusivo gera resistência bacteriana, ou seja, a diminuição da sensibilidade dos micro- organismos ao remédio.

SIGA AS INSTRUÇÕES

Ao mesmo tempo em que o paciente tem direito a todas as informações sobre riscos e benefícios, assim como às orientações sobre a necessidade do uso de determinado medicamento, tem também o dever usá-lo com responsabilidade. Flávio Dantas conta que é muito comum a mudança, por conta própria, do tempo da terapia e da dosagem aconselhadas. Entretanto, “como cada indivíduo responde de forma diferente aos estímulos, o aumento da dose pode gerar reações indesejadas ou interagir de modo ainda mais intenso com a ação de outros medicamentos utilizados simultaneamente”, explica o médico. Crianças e idosos, por exemplo, devem ter as doses de seus medicamentos bem ajustadas, pois reagem de modo diferente dos adultos.

Uma recente pesquisa realizada por especialistas da Erasmus University Medical Centre, de Roterdã (Holanda), publicada pelo British Medical Journal, concluiu que as crianças, principalmente até os dois anos de idade, têm sido vítimas do uso excessivo de remédios, às vezes consumidos para fins diversos para os quais foram concebidos. O estudo observou 675 mil crianças italianas, holandesas e inglesas e inspirou o monitoramento de receitas pediátricas pelas autoridades sanitárias. Um dado que faz pensar é que a pesquisa não considerou aqueles vendidos sem prescrição médica, ou seja, o mau uso pode ser ainda maior.

Situações como essas, comenta Raquel Rizzi, podem gerar outros efeitos perigosos, tais como intoxicações, que pioram o estado geral de saúde, podendo levar à morte. A afirmação confirma os dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico Farmacológicas (Sinitox), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), obtidos por estudos realizados em 2007, sob a coordenação da pesquisadora Rosany Bochner: 30,56% dos casos registrados de intoxicação foram causados por medicamentos.

Entre as várias circunstâncias identificadas na pesquisa, o uso indevido, o abuso, a automedicação, além de erro na administração dos medicamentos se destacaram. As faixas etárias mais suscetíveis ao problema são crianças de 01-04 anos, adultos de 20-29 anos, seguidos pela faixa que compreende 30-39 anos. Entre os 34 mil casos analisados, as mulheres somavam 21.470.

REAÇÕES ADVERSAS

Com a possibilidade de riscos tão evidentes, os especialistas dizem que não há garantia absoluta de segurança para o uso de medicamentos, incluídos os de venda livre. Maior atenção deveria ser dada àqueles que exigem prescrição médica, pois geralmente são utilizados e reutilizados sem medo algum.

Remédios podem ter várias interações entre si ou com alimentos, que muitas vezes são desconhecidas até pelos fabricantes

“Remédios podem ter várias interações entre si ou com alimentos, que muitas vezes ainda são desconhecidas até pelos fabricantes. Reações alérgicas não devem ser descartadas, pois podem aparecer mesmo após o uso anterior do medicamento”, adverte Flávio Dantas. Essa é a razão por que o médico precisa obter do paciente todas as informações possíveis para ter condições de identificar esse tipo de situação.

A farmacêutica Raquel Rizzi lembra que a presença obrigatória deste profissional nas farmácias e drogarias durante todo o tempo de seu funcionamento é um direito da população. Conforme a especialista, o farmacêutico possui habilitação até para notificar as autoridades sanitárias sobre eventual reação, desvio de qualidade ou erro de medicação.

FARMÁCIAS CASEIRAS

Para fazer uso seguro dos medicamentos, diz Dantas, “é preciso conhecer o próprio organismo e somente utilizar medicamentos já receitados por um médico. Como as interações são múltiplas, aquelas que são conhecidas obrigatoriamente devem estar descritas nas bulas”.

Para quem mantém uma farmácia caseira, a sugestão é que um médico oriente cada paciente para que ele saiba quais são os medicamentos que deve ter à mão em uma emergência. “Pessoas alérgicas devem ter medicamentos específicos para crises agudas”, exemplifica Dantas.

Para Raquel Rizzi, porém, as farmácias caseiras facilitam a automedicação. Ela aponta como outro fator negativo a forma de armazenamento dos remédios. E ensina: “todos os medicamentos devem estar protegidos da luz, da umidade, do calor e ficar longe do alcance das crianças. O banheiro, a cozinha e o carro não são locais adequados para guardá-los”. Fique atento ao prazo de validade: remédios vencidos podem não ter o efeito desejado ou causar prejuízo à saúde.

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Pesquisadores do Hospital das Clínicas (HC) da Universidade de São Paulo (USP) mostraram que a escolaridade pode fazer com que uma pessoa com demência não sinta os efeitos da doença – como perda de memória e dificuldade de raciocínio – e viva como se tivesse o cérebro sadio. Mais importante: para ocorrer a melhora não é preciso um grande currículo acadêmico. Alguns anos na escola e hábitos de vida que estimulem o cérebro podem blindá-lo contra os sintomas.

A demência pode surgir por vários fatores, como diabetes, hipertensão, hereditariedade e envelhecimento natural. Cerca de 60% dos casos resultam no mal de Alzheimer, doença degenerativa que provoca manifestações como a perda de memória, dificuldades na fala, irritabilidade, agressividade e leva o paciente a se desligar da realidade. O que a escolaridade pode fazer não é evitar o aparecimento da doença, mas o desenvolvimento dos sintomas.

Geriatra do HC, José Marcelo Farfel analisou 141 cérebros de idosos mortos com mais de 80 anos e entrevistou os familiares deles sobre os hábitos escolares dessas pessoas em vida para chegar à conclusão. Foram criados três grupos: um dos que tiveram demência em estado avançado e sofriam de perda de memória ou incapacidade para realizar atividades básicas; o segundo, de pessoas normais e com cérebro saudável; a descoberta estava no terceiro grupo – de quem tinha o cérebro danificado pela demência mas que, segundo relatos dos parentes, sempre foi lúcido.

Farfel descobriu que pessoas desse terceiro grupo tinham cerca de quatro anos de escolaridade – mais que a média do grupo que apresentou os sintomas. “Mostramos que o indivíduo que estuda mais tem mais chance de aguentar as lesões (provenientes da demência) sem desenvolver os sintomas”, disse Farfel. “A média de estudo encontrada é pequena, mas mesmo poucos anos já oferecem muito mais proteção do que se a pessoa fosse analfabeta”. Aos benefícios da escolaridade, Farfel chama de reserva cognitiva. Quanto mais, melhor.

Estimular o cérebro

Só que não são apenas os anos na escola que dão essa reserva cognitiva, que é acumulada ao longo da vida, diz o geriatra do HC e professor da USP Wilson Jacob. “Muitos indivíduos usam o intelecto, a criatividade e a capacidade de raciocínio sem que isso seja decorrência da escola”, diz. “A escolaridade é apenas um marcador.” Ou seja, o importante é manter o cérebro estimulado durante a vida inteira. O ideal, segundo Jacob, é fugir de rotinas e variar as atividades. “O que estimula o funcionamento cerebral é o aprendizado”, diz. “Um músico, por exemplo, deve ler partituras diferentes das que está habituado. E uma cozinheira, fazer sempre novos pratos”. As informações são do Jornal da Tarde. AE

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Pesquisadores verificaram que quanto mais avançado for o estágio da doença, mais baixo se torna o nível do nutriente.

Por Renata Losso

IG Mulher

Em estudo feito recentemente com 166 mulheres vítimas do câncer de mama sob tratamento quimioterápico, pesquisadores do Centro Médico da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, descobriram que aproximadamente 70% delas tinham também em comum, além da doença, baixos níveis de vitamina D no sangue.

De acordo com a pesquisa, divulgada no American Society of Clinical Oncology’s Breast Cancer Symposium realizado há pouco tempo em São Francisco, na Califórnia, a vitamina D ajuda a proteger a massa óssea e diminui os riscos de fratura que podem ocorrer durante o tratamento contra o câncer.

“A vitamina D é essencial para manter a saúde óssea, e as mulheres com câncer de mama sofrem com a aceleração da perda óssea, por culpa de terapias hormonais e quimioterapias”, disse Luke Peppone, professor de Oncologia da Radiação e também coordenador da pesquisa, ao site NaturalNews. Além disso, a equipe ainda afirmou que há outros males que são acarretados pela deficiência da vitamina, como dores musculares, dificuldades para dormir, baixos níveis de energia, fadiga, baixos níveis de imunidade, sintomas de depressão e variações de humor.

A pesquisa também detectou que as mulheres com a doença em estágio terminal possuíam os níveis mais baixos de vitamina D entre todas as pacientes. No entanto, os estudiosos não apontaram a falta deste nutriente no corpo como uma causa ou um dos fatores da doença, mas como um papel importantíssimo no combate ao câncer de mama.

Um grupo de médicos do Legacy Emanuel Hospital, em Portland, nos Estados Unidos, também divulgou recentemente um documento que estuda a relação entre a vitamina D e o câncer de mama. O documento levantava a relação da vitamina e a doença, ainda desconhecido, que também foi encontrada em baixos níveis em pacientes com câncer de próstata e de ovário.

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Por Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

O Ministério da Saúde aumentou em 31,85% o valor das diárias pagas por paciente internado em hospitais psiquiátricos e gerais. Também destinou R$ 98,3 milhões para internações curtas (até 20 dias) de pacientes com transtornos mentais ou para tratamento de usuários de álcool e drogas, de acordo com portarias publicadas hoje (3), no Diário Oficial da União.

Em junho deste ano, o ministro já havia anunciado R$ 117 milhões para o Plano Emergencial de Ampliação do Acesso para Tratamento de Álcool e Drogas (PEAD 2009-2010). Com o reforço financeiro dado agora, os investimentos para o setor chegam a R$ 215,3 milhões, o que permite a criação de mais 73 centros de atendimento psiquiátrico país afora.

Com isso, o país passa a ter 1.467 desses centros, com aumento de 246% em relação a 2002, segundo o coordenador-geral da área técnica de Saúde Mental do ministério, Pedro Gabriel Delgado. “Passamos, em sete anos, de uma cobertura de atendimento em saúde mental de 21% da população para 60%”, com parâmetro em um centro para cada grupo de 100 mil habitantes”, disse ele.

O valor das diárias de internação nos hospitais gerais sobe de R$ 42,47 para R$ 56,00, e nos hospitais psiquiátricos as diárias que hoje variam de R$ 29,90 a R$ 45,21 passam a vigorar com preços entre R$ 35,58 e R$ 49,70.  A expectativa é de que, com o a reajuste, os hospitais ampliem os atuais 2.573 leitos para tratamento de saúde mental em mais cerca de 2.300 novos leitos

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Por Ana Cláudia Martins

A Prefeitura Municipal de Belém inaugurou nesta quinta-feira, 29, uma nova ala de atendimento para marcação de consultas com os profissionais de saúde do Instituto de Previdência e Assistência do Município de Belém (Ipamb). Os servidores municipais ganham em agilidade e conforto com a nova central informatizada, ampla e refrigerada.

Duciomar falou aos servidores municipais sobre a importância do atendimento humanizado e da competência dos profissionais de saúde. “Além do espaço físico que estamos inaugurando hoje, é preciso destacar que o crescimento do Ipamb se deve muito ao trabalho desenvolvido pelos profissionais que aqui trabalham. Estamos caminhando passo a passo e ao longo destes cinco anos fizemos muita coisa. Por isso, é uma satisfação entregar esse novo espaço e apresentar o novo projeto do Ipamb”, garantiu o prefeito.
 
A inauguração da nova central de atendimento contou com a participação do prefeito de Belém, Duciomar Costa, de secretários municipais e da vereadora Tereza Coimbra (PTB). Eles foram recebidos pelo presidente do Ipamb, Oséas da Silva Júnior, que durante seu discurso agradeceu ao prefeito e a todos os profissionais que trabalham no Ipamb. “Estou muito emocionado que até esqueci meu discurso. Gostaria de ressaltar aqui que muitas vezes a verdadeira competência é invisível, por isso é preciso medi-la ao longo do tempo. Hoje posso dizer que nossos profissionais são únicos e trabalham com muito amor”, afirmou Oséas.
 
Durante o evento, duas belas homenagens foram feitas a pessoas que colaboraram com o trabalho do Instituto. O novo espaço para marcação de consultas recebeu o nome do médico Antonio Vinagre, que presidiu o Ipamb antes do presidente Ozéas e fez um excelente trabalho. “Não esperava essa homenagem e fico feliz em ter participado dessa nova reestruturação do Ipamb. Fico emocionado com essa homenagem. Minha vida inteira como profissional de saúde foi construída em cima de muito trabalho. Sei que esse é apenas o começo e a população de Belém ainda terá muitos motivos para comemorar, assim como nossos servidores”, falou Vinagre.
 
Refeitório – Também foi inaugurado o Refeitório Ivonilde Bentes Bezerra. O espaço atenderá aos pacientes e servidores do Ipamb. O nome do espaço foi uma bela homenagem a médica que atuou durante 13 anos no instituto, Ivonilde Bezerra. Ela foi representada pelo marido, o cirurgião dentista Carlos Bezerra, e pela filha. “Quero agradecer pela homenagem à minha esposa, que já não está mais entre nós, mas dedicou boa parte da sua vida ao trabalho no Ipamb, cuidando de crianças. Um agradecimento especial ao prefeito e as pessoas que fazem o dia a dia do instituto”, disse o odontólogo.

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Pesquisa levou Comissão Europeia a determinar redução de volume. Dano depende também do tempo de exposição.

Luis Fernando Correia

Especial para o G1

 

Os fabricantes de tocadores de MP3 terão de modificar seus aparelhos, para se adequar a novas recomendações europeias.

A Comissão Européia de Segurança determinou que os aparelhos tenham seu volume de som diminuído para níveis seguros protegendo a audição do jovens europeus.

Tudo começou com estudo científico que alertou as autoridades para o fato de que 10 milhões de jovens poderiam ficar surdos. A pesquisa mostrou que de 5% a 19% dos usuários de tocadores de MP3 sofrerão danos permanentes à audição se ouvirem musica em volume alto, por mais de 1 hora por dia, por 5 anos.

Os aparelhos de MP3 disponíveis no mercado são capazes de gerar volumes de som de até 120 decibéis, o equivalente ao ruído de um motor de avião a jato.

Na Europa, o limite de 80 decibéis foi determinado como padrão de segurança para trabalhadores que fiquem expostos por até 8 horas por dia. Seguindo o mesmo raciocínio, esse foi o limite escolhido como limitação para os aparelhos de MP3.

O ruído excessivo gerado pelos aparelhinhos de som pode trazer consequências que levarão muitos anos para se manifestar. Inicialmente pode aparecer o “tinnitus”, que é a sensação de campainhas tocando em seu ouvido. A perda da capacidade auditiva progride com o decorrer do tempo.

O dano à audição depende do volume do som e do tempo de exposição. Para escutar música acima do limite de 80 decibéis os usuários deveriam diminuir seu tempo de utilização do aparelho de som.

Para tornar tudo mais complicado, os fones de ouvido, do tipo que fica colocado dentro da orelha, podem aumentar em 8 decibéis o volume da música que escuta.

Segundo a agência europeia, entre 50 milhões e 100 milhões de pessoas usam aparelhos de som portáteis diariamente no mundo, motivando a criação da nova regulamentação.

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